O Brasil terá 3.108 novos prefeitos a partir do dia 1 de janeiro de 2025. Isso porque 2.461 prefeitos foram reeleitos. Eles terão como primeira responsabilidade realizar a transição de governo e a nomeação de secretários municipais. Esses secretários serão responsáveis por cuidar dos problemas dessas cidades, como saúde, educação, infraestrutura, meio-ambiente e promoção social.
Os secretários são os servidores públicos subordinados ao
prefeito, responsáveis por executar as demandas e os planos de governos
propostos na campanha eleitoral.
O primeiro desafio deles é trabalhar os projetos do novo
prefeito, utilizando-se do orçamento elaborado pelo antecessor. Além disso,
deverão dar continuidade a projetos que estão em andamento. A máquina não pode
parar.
Uma das primeiras recomendações que daria aos novos gestores
é a preocupação com os recursos humanos. Capacitar suas equipes e prepará-las
para conhecer os desafios da gestão. Muitos dos gestores nunca atuaram na
condução de cidades, isso é bom quando se vislumbra a possibilidade de receberem
treinamento e preparação para o acompanhamento do dia-a-dia da gestão pública.
Dessa preparação destaco o tema da licitação. Ela está
envolvida na solução de todos os problemas. Se o secretário precisa de um
notebook, terá que licitar. Se o secretário precisa de serviços de publicidade,
terá que contratar esses serviços no mercado. Se o secretário necessita de
abastecer os estoques de medicamentos, de insumos para a elaboração da merenda
escolar, terá que buscar o mercado por meio de uma licitação.
Esse tema tem trazido preocupações para os órgãos de
controle, como é o caso do Tribunal de Contas da União – TCU, que divulgou no
último dia 17 de outubro, uma pesquisa feita junto aos órgãos públicos, dando
conta de que 61% dos entes que participaram da pesquisa, estão no nível de
implementação insuficiente. Por outro lado, 30% estão no nível básico, 5%
intermediário e 1% avançado.
Muitos gestores vão assumir com olhos voltados para o problema.
Exemplo clássico: falta de medicamentos. Mas terão que buscar os conhecimentos
básicos para a resolução desses. Isso pelo fato de que a falta de medicamentos
numa cidade, pode ter origem em falhas na compra deles. Falhas que podem ser
oriundas em erros nas licitações.
Muitos imaginam que as prefeituras dispõem de equipes de
licitações e elas devem resolver esse problema. Mas nem sempre o erro está
nessas equipes.
O desafio dos novos secretários deve ser preparar, já na
transição (quando esta ocorre e é efetiva) um diagnóstico das causas dos
problemas que devem ser objeto das primeiras ações.
Vamos listar alguns diagnósticos importantes voltados para a
contratação de serviços e bens via licitação: como funciona o setor de
contratações e licitações, há pessoal capacitado, foram treinados para
utilização da Lei nº 14.133/21, existem sistemas de pregão eletrônico e
sistemas eletrônicos para condução das licitações, na secretaria municipal os
servidores estão aptos a elaborarem os estudos técnicos preliminares, os termos
de referência e as análises de risco?
Um diagnóstico sobre esse panorama é importante e deve ser
feito já nos primeiros dias. A oferta de um levantamento técnico, via
consultoria, pode alavancar a solução de problemas como esses.
Fale conosco, conte com o nosso apoio na solução desses
problemas.
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