O gestor público antes de tudo precisa ser um previdente. Não vidente, mas previdente. E a previdência se materializa com a elaboração de bons orçamentos. Ou seja, evitar tragédias como as que abateram a cidade do Rio de Janeiro, é exercer com eficiência o planejamento. Chuvas não são imprevisíveis para o gestor público. Ele sabe que anualmente passará por períodos de chuva e de secas. E precisa se preparar.
O navegador Amir Klink diz que a única fase que ele não pode errar é a fase de planejamento. Isso se aplica ao prefeito, ao gestor e até ao legislador, que aprova os orçamentos. Assim, se comprovado que não ocorreram investimentos na prevenção de inundações e no enfrentamento das chuvas e suas consequências, fica claro que o gestor, o prefeito, errou no planejamento ou na execução do orçamento público.
Jardim Botânico na década de 80
Que a tragédia nos sirva para refletir sobre o planejamento das cidades. Que o momento de dor e desespero da população nos sirva de norte para repensarmos as políticas públicas, em especial aquelas de enfrentamento de chuvas e o que advém delas.
O Brasil tem falhado na execução de seus orçamentos. E a maior prova disso é o próprio drama da previdência. O Brasil, suas cidades e gestores, não podem ser pegos de surpresa em chuvas como essas, que são sim, todas anunciadas.
O momento é até propício. O mês de abril é aquele onde os legisladores analisam e aprovam as leis de diretrizes orçamentárias, que servirão de inspiração ao orçamento de 2020. Repensem, planejem, pois em 2020 novas chuvas abaterão suas cidades.
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