segunda-feira, 28 de agosto de 2017

NÃO HÁ CRESCIMENTO ENQUANTO O "NÓS" FOR MENOR QUE O "EU"



A lição vem da biografia do lendário coach de basquete americano Phil Jackson (foto). Ele conta que aprendeu várias lições na escola Holzman de administração. Quando fala em escola Holzman ele está falando do técnico Red Holzman, que dirigia o time do Knicks, de Nova York. Basicamente as lições deixadas por Holzman a Phil eram as seguintes:

Lição um: Não deixe que a raiva anuvie a sua mente. 

Não são poucas as vezes que até profissionais gabaritados se deixam desviar por raivas momentâneas, ações que ao longo do tempo percebemos tratar-se de coisas passageiras, que por si só se resolverão, em alguns casos até sem nossa intervenção direta. E quanto tempo perdemos com isso!

Eu vejo minhas filhas, que se aborrecem com amigas por causa até de um olhar meio torto. Uma bobagem para nós que somos mais experientes. Grandes profissionais, mais experientes, também observam nossa raiva com os mesmos olhos, pois sabem que são meros atropelos, não significarão nada ao longo prazo.

Se deixarmos o tempo resolver o problema, teremos um dia muito mais produtivo. Tem até aquela música do Titãs: "eu quero saber, do que pode dar certo, não tenho tempo a perder...". 

Nosso tempo, nossa tranquilidade não pode ser perturbada por qualquer coisa.

Lição dois: A atenção é tudo.

Fala-se muito em foco, na carreira, na vida, nos estudos, nos projetos, mas a expressão foco pode ser usada também para o que estamos fazendo agora. Phil traz esse ensinamento, que podemos roubar do basquete para nossas atividades profissionais.

Se estou escrevendo esse texto minha atenção tem que estar toda aqui. Assisti há poucos meses, numa feira literária, um palestrante dizendo que ele não leva o telefone celular para o local de trabalho. Ele conta que sempre faz palestras longe da família e que no momento de suas apresentações as atenções devem estar todas ali. No seu raciocínio, de longe ele não pode fazer nada, caso algum filho ou parente venha a sofrer um acidente, por exemplo. O que adiantaria ele ser o primeiro a saber, via Whatsapp, e não ter nada a fazer? Se alguém tiver que socorrê-los, que seja alguém de perto, nunca ele à distância.

Por mais frio que seja esse pensamento, é real. E quantas noites de sono já perdemos na agonia de notícias? Se o telefone toca de madrugada logo pensamos em coisas ruins, nunca em notícias positivas. Mas pode ser um engano, alguém pode ter ligado errado. Não sei o nome desse fenômeno, mas a nossa mente sempre pensa que é algo catastrófico. 

E essa tensão é uma forma de desviar nossa atenção. Foco, atenção, é tudo que precisamos para produzir com qualidade.

Lição três: O poder do Nós é maior que o poder do Eu.

Você pode até me dizer que já ouviu isso de várias formas, que não é nenhuma novidade. Você pode até brincar com aquela propaganda antiga de uma marca de açúcar: "a União faz a força". Mas seja sincero, tem sido essa a nossa prática?

As redes sociais já dizem que não. A prática é mais ou menos assim: "eu ganhei, nós empatamos e vocês perderam". Ou você discorda?

Leia a biografia de qualquer empreendedor de sucesso e você vai verificar que eles narram suas vitórias com a união. O trabalho em grupo, em qualquer empreendimento, seja uma campanha eleitoral, seja uma família, seja uma equipe de basquete, seja um time de futebol, faz toda a diferença.

Una-se e compartilhe com seus filhos, sua esposa, seus pais, para a solução dos problemas e eles serão resolvidos muitos mais facilmente. 

Phil Jackson sita uma passagem no "Segundo livro da floresta", de Rudyard Kipling, que termina com a seguinte frase:"Porque a força da matilha está no Lobo e a força do Lobo é a Matilha".

Me dê as suas mãos e vamos, juntos, sair dessa situação, sozinho sua chance de erro é imensamente maior.

(referências do livro Cestas Sagradas - Phil Jackson e Hugh Delehanty - Rocco)

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